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19 de Abril de 2024

Jovem advogada conta como passou 2017 procurando emprego: "Não sei o que falta"

Publicado por Correção FGTS
há 6 anos

A advogada Maria Clara Cavalcante, 29, pensava que superaria rapidamente o desemprego. Desde fevereiro, ela busca uma vaga. "Achei que eu ia abalar", conta. Mas não foi bem assim. "Sinceramente não sei dizer o que falta."

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Maria Clara não tinha achado que seria tão difícil procurar por um emprego. Durante a faculdade de direito na Universidade Presbiteriana Mackenzie, a jovem havia feito três estágios, dois em órgãos públicos e outro em uma grande seguradora. "Nossa, o que eu mais ouvia era 'Você não tem experiência, né?'. Aí eu pensava comigo: 'Gente, eu tô me formando, tô procurando uma vaga de júnior, é óbvio que eu não tenho experiência'", lembra a jovem advogada.

Depois de um ano de procura, Maria Clara conseguiu um emprego em um escritório e logo passou para outra grande empresa, esta no setor de logística e tecnologia, onde ficou pouco mais de dois anos.

No início de 2017, no entanto, a companhia, como tantas, promoveu um grande corte de funcionários e a advogada ficou mais uma vez sem trabalho.

Desde então, Maria Clara alterna seus dias entre o envio de currículos pela internet, uma pós-graduação, trabalho voluntário e jogos online. "Percebi que realmente este ano foi bem complicado."

Os principais problemas que ela identifica na crise são resumidos em uma expressão: "Muitos requisitos, pouco salário".

"Parece que as pessoas aproveitaram para pedir bastante coisa, exigir bastante coisa e pagar muito pouco. Como tem muita gente desesperada, precisando de emprego."

Na sua casa, ela conta que a sua mãe, professora, é a única empregada. O pai, comerciante, teve de fechar seu negócio e a irmã também procura por recolocação na área de comissária de bordo. Para Maria Clara, 2017 foi um ano de buscas: "Agora, no fim de ano, é morto".

Fonte: UOL

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158 Comentários

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Maria Clara: trabalhe como correspondente, peça para seus parentes e amigos lhes indicarem clientes, dê palestras em Associações e Fundações, torne-se 'visível '.
E, se realmente ama o Direito, não é qualquer 'pedrinha do desemprego' que vai fazê-la pendurar as chuteiras ou arrear as armas.
Lute!!!
Tenha fé! continuar lendo

Muito bem, Fátima!
Nossa profissão é para aqueles que tem força para trabalhar e muito!
Há espaço para todos! Apenas coloque o medo em escanteio e lute!

Boa sorte! continuar lendo

Correspondente é roça, viu?! continuar lendo

Esses dias me ligaram precisando de xérox integral de um processo numa cidade próxima.
-Claro. Faço, sim! Quanto vocês estão oferecendo pelo serviço?
-R$ 20,00, Doutora.
VINTE REAIS. É isso o que os colegas pagam pelo serviço de outro colega advogado, pelo tempo, pela gasolina e pela disponibilidade. Vinte reais.

Observação: preço do litro da gasolina em Goiânia: R$ 04,49. continuar lendo

Dica: trabalhe exclusivamente com a Tabela da OAB local e se te ofertarem preços módicos e desmoralizantes, seja indelicada mesmo e diga: - Trate de respeitar minha classe, pois sou advogada e não office girl diplomada!
Lembrando que nem uma office girl recebe 20 reais por diária!!!
Em tempo: Nada contra a profissão de office girl, pelo contrário, toda profissão carece de respeito, mas eu mesma pago 40 reais por dia para o rapaz que eventualmente faz serviços externos para mim. Sem contar que a passagem, almoço e lanches são pagos por fora... continuar lendo

Fátima Burégio, o problema do povo brasileiro é depender de salário! continuar lendo

só trabalho com tabela da oab ou acima para correspondente. Se quiser menos fique a vontade pra procurar outro. Não vou sair por menos de 100 reais. continuar lendo

Nobres colegas, com todo respeito a nossa colega desempregada, mas acho que esta faltando garra para essa moça. Advogado é um profissional liberal e pode muito bem abrir seu escritório para ir a luta, trabalhos na área jurídica não faltam, sou advogado particular a quase vinte anos, não me faltam trabalhos desde o inicio da minha vida profissional. Ademais, ministro aula no período noturno em faculdades. Acredito que a moça escolheu o curso e a profissão errada, pois advogado não pode ficar adstrito a emprego público e privado, a nossa profissão já é um bom emprego. Compre uma mesa, um computador, crie um arquivo físico e virtual, alugue uma pequena sala que caiba você e o cliente e vá a luta. Ficar sentindo pena de si mesmo, não vai resolver nada. Lembre-se, advogado é guerreiro, não se abate com pequenos obstáculos da vida. Boa sorte. continuar lendo

Gente, respondi o comentário de uma moça que falou que a solução era ser correspondente. O exemplo dos R$ 20,00 da xérox que me propuseram é apenas um referencial. Essa situação de fato aconteceu, mas aqui eu citei apenas para justificar o fato de que, independente de "tabela de OAB", não dá pra viver de correspondência, como sugeriram. Isso não é nem uma solução decente a ser proposta tendo em vista os valores que pagam no mercado - independente de você aceitá-los.

Sobre os demais que julgam a moça com discurso autoajuda, neguem vocês ou não, o país está afundado em crise política e financeira e, junto disso, houve uma explosão de novas faculdades de Direito no Brasil, lançando muitos profissionais a cada semestre (quiçá a cada BImestre) e isso reflete, sim, no mercado, principalmente para aqueles profissionais que tem o estilo de trabalho "operário", que tem o perfil de trabalhar para uma empresa, para escritório etc, o que provavelmente é o perfil da moça, e foi isso que esse artigo quis mostrar.

É claro que pra pessoa sair dessa ela tem que dar uma repaginada na própria vida, se reinventar nesta profissão ou descobrir outros dons, outras capacidades. Crise faz a gente crescer, de um jeito ou de outro. Mas não é o discurso "autoajuda (des) motivador" de "está faltando garra" que vai viabilizar isso, isso é negar a realidade do país e negar a realidade da Advocacia, coisa que a OAB insistentemente tem feito ao aumentar anuidades e conceder poucos incentivos ao advogado em início de carreira. continuar lendo

Doutos causídicos: o artigo não é da colega. É um comentário feito na UOL. A questão é qual é a solução para um advogado conseguir trabalhar e ganhar dinheiro para viver em um país socialista que avança para o comunismo, destruindo a classe média (pai fechou o comércio) e todas as empresas privadas médias e pequenas (diminuição da empresa onde tinha emprego, irmã comissária de bordo também desempregada). A única com trabalho é a funcionária pública - mãe, professora. Em 2011, o Brasil era a 5ª maior economia do mundo e foi piorando a cada ano de avanço das conquistas sociais comunistas. Em 2016 já estava na 9ª posição, com uma retração de 24,6% entre 2014 e 2016 (https://exame.abril.com.br/economia/). Somente a Venezuela teve pior desempenho economico no mundo (g1.globo.com Feb 17, 2016). Como é notório, a classe média é que gera 80% dos empregos (e trabalho para os advogados) Essa é uma questão para todos nós, não é um fato, hoje, só para a iniciante em advocacia: Como um empreendedor advogado pode sobreviver com dignidade em uma economia socialista, onde os funcionários públicos é que tem dinheiro para pagá-los? continuar lendo

Euclides Araújo.
Caro colega, você está há tanto tempo no mercado de trabalho como advogado. Realmente é muito fácil o colega dizer "alugue uma sala e vá a luta". Tenho certeza que na sua época não existia a quantidade de advogados "prostituindo-se" todo dia para conseguir clientes. É muito fácil o senhor que já possui uma carreira construída, desde a época em que empregos e clientes não eram tão concorridos como são hoje em dia, falar para uma pessoa que está começando agora, numa situação que vivemos onde há diversos advogados trabalhando como correspondente pra ganhar bico de pão e fazendo audiências por 200 reais ou menos. Não estou desmerecendo sua trajetória, mas entenda que hoje em dia é bem mais difícil fazer uma carreira na situação de desrespeito em que vivemos. Pro senhor é muito fácil, com a experiência e bagagem que tem, atirar pedras numa jovem advogada que procura uma colocação no mercado de trabalho. Respeite a profissional, não diga que lhe falta garra, você não sabe das lutas que ela enfrenta. Ela não possui ajuda de ninguém. Saiba que alugar um local demanda dinheiro e compromisso. E não é só comprar a mesa e o computador. Você vai precisar de energia elétrica, ar condicionado, água e café, internet, impressora e papel para conseguir trabalhar dignamente e poder atender o seu cliente. E TUDO ISSO É PAGO! Fora o deslocamento até o escritório. A solução que o senhor deu demanda dinheiro, viu? E pra quem ta começando é muito difícil arcar com essa despesa sem uma carta de clientes que pague pelo menos no patamar na tabela da OAB. continuar lendo

Infelizmente, nossa profissão tão nobre tem sido cada vez mais desvalorizada, e infelizmente muitas vezes por próprios colegas que cobram uma mixaria só para não perder o cliente, e assim alguns que se titulam profissionais, se dao ao direito de exigir cada vez mais e pagar cada vez menos, e não falo somente de empregadores, mas também de clientes.
A menos que tenha um suporte financeiro por trás onde o profissional possa se dar ao privilegio de aguardar anos a fio até obter uma cartela siginificativa de clientes, e ou ter um sobrenome de "peso" se é que assim possa dizer, a realidade não e tão colorida, sim porque manter um escritório não é nada barato, mesmo que opte por home office. Advogado é um profissional autônomo, mas não vive de luz, precisa comer, beber, pagar contas, e para tudo isso é preciso dinheiro. Não vivemos no mundo de Alice e sim no mundo real.
Tenho certeza de que não é garra que te falta. Se for o caso invista em uma outra atividade remumerada que não a advocacia, pelos menos por um tempo, enquanto isso va construindo sua carreira, e não desista do Universo Jurídico, porque o sucesso vem, tenha certeza disso, é só questão de tempo. E acredite não há mal que dure para sempre.
Boa sorte! continuar lendo

"Muitos requisitos, pouco salário". O Advogado mata a Advocacia. Quando procede dessa forma. Quando o advogado exige muito do seu colega também advogado, mas, quer pagar pouco passa a ser vergonhoso para a classe quando procede assim. Eis a verdadeira exploração da força de trabalho. Temos, como advogados, nos valorizar mais. E isso, implica valorizar também, o advogado que trabalha para o escritório. Seja qual for a modalidade de contrato. continuar lendo

Advogado e autônomo.nao pode depender de empregos para exercer a profissão. Deve procurar clientes e não emprego. Entregar cartão para os amigos. Demonstrar conhecimento, escrever artigos, fazer pesquisas...que o cliente aparece e os honorários tb. continuar lendo

Rosicler Regina Muller Moreira Antunes, você já deve ter morado ou conhecido um país de primeiro mundo! continuar lendo

De fato, advogado autônomo precisa buscar espaço no mercado. O problema é que uma pessoa recém formada, pouca experiência e sem recurso para montar algo mais simples que seja, terá dificuldade de ser vista. Qualquer pessoa que deseje trabalhar de forma autônoma , precisará um pouco de dinheiro para iniciar. O que dá certo no primeiro mundo não se aplica ao de terceiro. continuar lendo

Jogos online.... Uma advogada? continuar lendo

Joao Carlos Lemes nao entendi o comentário? Você não tem uma válvula de escape? Pelo que li na matéria ela faz pós, trabalho voluntario e jogos. Todo ser humano precisa de algo para se distrair, extravasar. O dela é esse. continuar lendo

Com o devido respeito ao colega João Carlos Lemes, não entendo o porquê de tamanha ironia e surpresa pela advogada destinar parte de seu tempo a Jogos Online. O amigo deveria se informar um pouquinho mais e perceber que esses mesmos "jogos online" representam hoje uma indústria multimilionária, que, inclusive, repercute na esfera jurídica. Os eSports são prova disso e, nesta toada, estamos começando a ter muita demanda no tocante à Direito de Imagens dos atletas dessa modalidade, entre outros negócios atrelados à estes mesmos "Jogos Online" que o Sr. gratuitamente ironizou. continuar lendo

Olha aí os advogados jogadores de video game tudo mordidos com o comentário. Indústria multimilionária? Sim, para os desenvolvedores e para quem detém os direitos, não para quem joga. Eu mesmo tenho um play 4 em casa e raríssimamente tenho tempo pra ligar o aparelho, aliás, nem paciência tenho mais. continuar lendo

@andreschleich Quem joga, se for profissional recebe dinheiro sim de patrocinadores e prêmio em campeonatos, como ocorre no mundo dos esportes tradicional. continuar lendo

Ué? Parta para Advocacia autônoma, bata perna nos fóruns, peça indicações, divulgue nas redes sociais, cadastre em sites de correspondentes, alugue um escritório virtual. Nossa carteira da OAB é justamente pra abarrotar o judiciário de processo, rsrs... Seja vc msm seu patrão!!! continuar lendo

Murilo Rodrigues, quem depende de salário jamais será reconhecido! continuar lendo

Processo eletrônico, e-mail e telefone, meu caro. Se não quiser, não precisa nem pisar em foro hoje em dia. continuar lendo